O ano de 2020 começou com muita esperança, acredito que não só aqui na baixada santista, mas no Brasil como um todo, novas empresas surgindo, investimentos e o turismo na cidade de Itanhaém vinha muito bem, apesar de todas as crises nos anos anteriores. Após uma badalada temporada na cidade, como é de costume nessa época, eis que aparece o então desconhecido Corona Vírus ou Covid-19 para os mais íntimos. E agora?
Até então ninguém sabia do que se tratava, muito menos os impactos que poderiam causar a cidade e ao turismo. Mas ao longo das semanas foram decretadas medidas restritivas e a quarentena tirou da cidade seu convidado mais precioso… O viajante, o turista, o veranista todos que traziam a alegria, agitação e recursos para esta velha capitania. E novamente vem a pergunta, e agora?
Como tudo nessa quarentena, a cada semana as coisas mudam e um novo horizonte se revela a nossa frente. Eu, andando de carro em uma manhã ensolarada pelas ruas vazias após as primeiras semanas de quarentena, onde o isolamento social estava sendo extremamente cumprido pelas pessoas, comecei a observar. Não haviam pessoas para prender minha atenção, muito menos o comercio, os restaurantes e bares, com seus pratos dos mais diversos sabores, quiosques, sem os garçons entregando suas caipirinhas na beira da praia, haviam ondas no mar, que quebravam quase que plásticas como numa pintura, sem nenhum surfista para corre-las. Foi nesse frenesi que reparei, enquanto atravessava a Praia do Sonho, quão belo é este lugar. Essa é a resposta para todas as perguntas. Não é atoa seu nome fazer referência a “praia dos sonhos”. Também não é a toa que todos os anos as pessoas vem para cá aos milhares, de todos os cantos do país, simplesmente para “viver este lugar”. Logo me veio um sentimento de gratidão por pertencer aqui e tudo que é bom deve ser compartilhado. Nada irá mudar por aqui, lógico que será um período muito difícil para todos, sem entrar na seara da tragédia das vidas perdidas por causa do vírus. Mas isso irá passar e quando passar, Itanhaém estará mais bela do que nunca, com certeza mais hospitaleira do que nunca. Suas água, sua fauna e flora ganharam um tempo… os negócios também, porque não? Para melhorarem, se reinventarem. O bem maior que temos aqui na cidade é sua beleza, que jamais será desencravado de sua paisagem, sua cultura, que passa de geração para geração caiçara, formando sua personalidade tão especial. Logo, logo estaremos de volta!